Mesmo em 2025, após o mundo ter atravessado uma pandemia, essas fases continuam presentes na experiência de quem enfrenta uma perda. No entanto, falar sobre luto ainda é um tabu. Apesar dos avanços na sociedade, que tem se tornado mais aberta para discutir o tema, muitas pessoas ainda veem o luto apenas como um processo psicológico, quando, na realidade, ele também possui aspectos sociais e culturais. A grande questão é que o luto está diretamente relacionado à morte, e o conceito de morte, muitas vezes, carrega um forte sentimento de medo.

A cultura brasileira, embora diversa na forma de compreender a morte, ainda demonstra resistência quando se trata de se preparar para esse momento e de aceitar o luto como parte natural da vida. A médica geriatra e paliativista Ana Claudia Quintana Arantes possui uma visão humanizada e reflexiva sobre a morte. Em seus livros e palestras, ela enfatiza que a morte não deve ser encarada como um tabu, mas sim como uma etapa natural da existência. Seu trabalho é voltado para os cuidados paliativos, garantindo dignidade e qualidade de vida para pacientes terminais.

É essencial enxergar a morte como parte da vida e evitar criar padrões rígidos sobre como superar um luto. Cada pessoa vivencia a dor da perda de maneira única, e o suporte emocional deve respeitar essa singularidade.

Falar sobre o luto é fundamental para normalizar a dor da perda e incentivar um suporte mais humano e empático para aqueles que enfrentam esse momento difícil.

O Relicarium aborda aspectos da morte considerando suas diferentes dimensões: antes, durante e após o falecimento. Ele propõe uma reflexão sobre a aceitação da morte como parte inevitável da existência, ressaltando que um luto bem elaborado começa com o reconhecimento da finitude da vida.